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Um sistema nacional para grandes ambientes

 

Os line arrays (arranjos em linha), efetivamente,

entraram no mercado de sonorização

profissional há uns 13 ou 14 anos, apesar do

conceito existir há mais de 70. O livro de Harry Olson,

de 1940, já abordava o tema. De lá para cá, muita

evolução aconteceu. São encontrados em inúmeros

formatos para atender a diversas demandas.

O efeito no mercado foi tão devastador que chegou a

virar um modismo. Para atender a este modismo surgiram

até os “line erreys”, que não serão abordados

aqui por motivos óbvios.

 

UM POUCO DO CONCEITO DOS LINE ARRAYS

 


A característica básica de um line array é a capacidade

de um conjunto de caixas se portar como uma

única fonte em formato linear. A pressão sonora deve

se manter constante em todo o espaço sonorizado e

apresentar controle de diretividade para que a energia

seja projetada somente sobre os ouvintes, evitandose

reflexões no ambiente.

Os geradores multicelulares transformam as ondas

esféricas em ondas cilíndricas. Este sistema apresentará

dispersão de ondas cilíndricas até uma determinada

distância (zona de Fresnel) a partir da

qual estas ondas se transformarão em ondas esféricas

(zona de Fraunhofer). Para se ampliar a zona de

Fresnel, deve-se aumentar a quantidade de caixas

no empilhamento.

Outro ganho está relacionado à perda de pressão com

a distância, que é de 3 dB a cada dobra da distância à

fonte com os line arrays (inverse law – lei do inverso

da distância), contra os 6 dB a cada dobra da distância

à fonte com os sistemas tradicionais (inverse square

law – lei do inverso do quadrado da distância).

Os desafios não ficam limitados apenas ao alinhamento

entre os componentes de uma única caixa, mas

inclui-se aqui a interação entre as diversas caixas,

com a arquitetura da sala e alterações ambientais que

também afetarão os resultados.

Para que o acoplamento seja eficiente, o comprimento

de onda da frequência de corte superior da via deverá

ser muito maior que a distância entre os centros acústicos

dos alto-falantes. Em termos práticos, para que

se tenha soma no eixo dos alto falantes e perdas de

pressão a partir deste eixo até cancelamentos a 90º,

a distância máxima entre os centros dos alto falantes

deverá ser de ½ comprimento de onda (1/2l).

Por isso, as frequências de corte recomendadas pelos

fabricantes devem ser seguidas e não devem ser feitas

alterações aleatórias.

Alto-falantes tendem a dispersar o som de forma omnidirecional.

Para se obter controle da diretividade nas

frequências mais baixas, deve-se aumentar o empilhamento.

O ganho de pressão das baixas e altas frequências

se dá de forma diferente, de acordo com o

empilhamento em função da diretividade de cada um.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Audio Música & Tecnologia Nº119.

 

 

 

 



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